Previdência privada ainda é pouco usada e 92% dependem de recursos do INSS

Previdência privada ainda é pouco usada e 92% dependem de recursos do INSS

Pesquisa da ANBIMA mostra que percentual de aposentados que recorrem à previdência privada é o mesmo dos que vivem de salário próprio ou de suas empresas (3%)

O INSS é a principal fonte de renda para 92% dos aposentados brasileiros. Já a previdência privada responde pelo sustento de apenas 3% dos aposentados. Os dados são da pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha.

O percentual de aposentados que recorrem à previdência privada é o mesmo dos que vivem de salário próprio ou de suas empresas (3%), o que quer dizer que ainda há uma parcela de aposentados que trabalha. Recursos provenientes da família/filhos foram citados por 2% dos aposentados e pensão, aluguel de imóveis e aplicações financeiras somaram 1% cada.

Na análise por classe social, a dependência do INSS é semelhante entre a A/B (94%) e a C (93%), enquanto o índice da D/E ficou um pouco menor (89%). Porém, as pessoas da A/B são mais adeptas da previdência privada (8%) do que as da C (3%) e D/E (1%) e ainda contam com a renda de seus salários ou empresas (5%), proporção menor entre os grupos da classe C (3%) e D/E (3%).

“A pesquisa mostrou que é baixa a proporção de brasileiros e brasileiras que planejam ter uma fonte de renda adicional à previdência pública no futuro. Outro aspecto importante é que mesmo quando as pessoas se preocupam com fontes adicionais de renda na aposentadoria, a menção à previdência privada é baixa”, afirma Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da ANBIMA.

Expectativa X realidade

A pesquisa mostrou que existe uma lacuna entre as pessoas que estão aposentadas e as que ainda não se aposentaram. Quando questionados de onde virá a renda quando pararem de trabalhar, somente 55% dos não aposentados declaram o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) como fonte de sustento futuro, com pequena variação entre a classe C (58%) e a D/E (56%). Na A/B, o percentual foi de 48%.

Ainda entre os não aposentados, 20% apontaram que seu sustento na aposentadoria virá do próprio trabalho, mostrando que muitos não pensam em sair da ativa. Apenas 10% dos entrevistados indicaram que seu sustento virá de aplicações financeiras, sendo o percentual bem maior na classe A/B (22%), menor para classe C (8%) e menor ainda para a D/E (2%). Previdência privada também aparece como uma opção pouco popular entre os não aposentados: somente 5% dessas pessoas a citou como sustento no período de aposentadoria.

Com relação ao aumento custo de vida, 67% dos aposentados apontaram aumento de despesas após a aposentadoria. Para as classes C e D/E, essa percepção foi maior, com índices de 69% e 70%, respectivamente, e para a A/B, 59%. Pelo prisma dos não aposentados, quando questionados se acreditam que suas despesas aumentarão após a aposentadoria, somente 46% responderam de maneira afirmativa.

Quando perguntados sobre suas vidas financeiras, 43% dos aposentados declaram que houve uma piora comparativamente com o período de vida anterior. O índice é maior para as classes C (46%) e A/B (42%). Os percentuais contrastam com a expectativa dos não aposentados: somente 22% deles acreditam que a vida financeira será pior quando pararem de trabalhar.

Sobre o Raio X do Investidor Brasileiro

Esta é a quinta edição da pesquisa Raio X do Investidor, realizada pela ANBIMA em parceria com o Datafolha. As entrevistas aconteceram presencialmente entre 9 e 30 de novembro de 2021, com 5.878 pessoas das classes A/B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do País. A margem de erro da pesquisa é de um ponto porcentual, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Fonte: ANBIMA

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